"DEBAIXO DAS ASAS DO SENHOR!" Rute 2
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· 35 viewsSoberanamente Deus providencia sustento e salvação, quem busca refúgio em suas asas.
Notes
Transcript
Grande ideia: Deus providencia soberanamente sustento e salvação, para quem busca refúgio em suas asas.
Estrutura: A soberana “coincidência” de Deus (vv. 1-7), o “oásis” acolhedor de Deus (vv. 8-16) e o sustento providente de Deus (vv. 17-23)
1. A soberana “coincidência” de Deus. (vv. 1-7)
(a) Noemi tinha um parente por parte do marido.
Rute 2.1 (NAA)
1 Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz.
Traz uma ponta de esperança para Noemi, que se sentiu afligida pelo Senhor (1.20,21). Um membro da família do marido (um conhecido), Boaz.
Rute 1.20–21 (NAA)
20 Porém ela lhes dizia: — Não me chamem de Noemi, mas de Mara, porque o Todo-Poderoso me deu muita amargura. 21 Quando saí daqui, eu era plena, mas o Senhor me fez voltar vazia. Por que, então, querem me chamar de Noemi, se o Senhor deu testemunho contra mim e o Todo-Poderoso me afligiu?
(b) O autor faz questão de ressaltar as características de Boaz e Rute.
Traduzindo essa frase significa “um homem de grande valor” isto é, um bravo guerreiro. Aqui a expressão parece dar a ideia das melhores qualidades masculinas.
Boaz era Rico e influente (respeitado). Um comerciante conhecido na cidade. Homem de palavra, tinha caráter. Ele pertencia ao clã de Elimeleque (Judá, 1.1) era familiar. E ainda por cima era crente.
Rute 2.4 (NAA)
4 Eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros: — Que o Senhor esteja com vocês! E eles responderam: — Que o Senhor o abençoe!
Levítico 19.9–10 (NAA)
9 — Quando você fizer a colheita da sua terra, não colha totalmente o canto do seu campo, nem volte para recolher as espigas caídas. 10 Não seja rigoroso demais ao fazer a colheita da sua vinha, nem volte para recolher as uvas que tiverem caído no chão; deixe-as para os pobres e estrangeiros. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Deuteronômio 24.19 (NAA)
19 — Quando estiverem no campo, fazendo a colheita, e, nele, esquecerem um feixe de espigas, não voltem para buscá-lo; deixem que fique para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas, para que o Senhor, seu Deus, abençoe vocês em tudo o que fizerem.
(c) Ainda:
Rute 4.21 (NAA)
21 Salmom gerou Boaz, Boaz gerou Obede,
A família é a primeira instância de socialização. Boaz internalizou os valores judaicos, a história redentiva e o amor conjugal dentro de seu lar. Acredito piamente que foi deste núcleo – a família – que Boaz aprendeu a ser quem era, ouvindo de seus pais a história da redenção, ao mesmo tempo que a via encenada na face de sua mãe. Boaz reproduziu aquilo que o seu pai fez. Amou uma estranha à aliança mosaica e a tornou partícipe da linhagem de Jesus, o Cristo.
Novaes Corrêa Júnior, Wilson. BOAZ: CIDADÃO DOS CÉUS E DA TERRA (p. 64). Edição do Kindle.
Os pais de Boaz lhes transferiram as maiores de todas as heranças – o amor, a fé e o caráter. Podemos, também, imaginar que o campo de Boaz fosse uma herança de seus pais, todavia, o que seria deste campo se não fosse o aprendizado que eles transmitiram a Boaz? Poderia ser mais um campo que maltratasse as mulheres, que não contribuísse com os necessitados, que não promovesse o bem e a justiça na sociedade, por fim, que não honrasse a Deus. Portanto, concluímos: aos pais, nada é mais valioso do que serem exemplos de vida. Salmom e Raabe, apesar de não aparecerem na narrativa do livro de Rute, continuavam a protagonizar em Belém a justiça divina por meio de seu filho.
Novaes Corrêa Júnior, Wilson. BOAZ: CIDADÃO DOS CÉUS E DA TERRA (p. 65). Edição do Kindle.
(d) E Rute:
Rute por sua vez tem algumas características peculiar. Viúva, pobre, estrangeira, mas notável em alguns aspectos.
Rute 2.2 (NAA)
2 Rute, a moabita, disse a Noemi: — Deixe-me ir ao campo para apanhar espigas atrás daquele que me permitir fazer isso. Noemi respondeu: — Vá, minha filha!
Ela assumiu sem traumas que era carente e necessitada. Rute teve iniciativa para cuidar de sua sogra. Ela assumiu a posição de provedora da sogra.
Rute 2.3 (NAA)
3 Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas atrás dos ceifeiros. Por casualidade entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.
Ela assumiu de vez a cultura do povo de Deus e estava seguindo aquilo que Deus estabeleceu ao povo,
Levítico 23.22 (NAA)
22 — Quando fizerem a colheita na terra de vocês, não colham até as beiradas do seu campo, nem recolham as espigas que caíram durante a colheita; deixem essas espigas para os pobres e para os estrangeiros. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Rute 2.6–7 (NAA)
6 O servo respondeu: — Essa é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe. 7 Ela me pediu que a deixasse recolher espigas e ajuntá-las entre os feixes após os ceifeiros. Assim, ela veio e ficou aqui desde a manhã até agora. Só parou um pouco para descansar no abrigo.
Rute 2.17 (NAA)
17 E assim Rute esteve apanhando espigas naquele campo até de tarde. Depois debulhou o que havia apanhado, e foi quase vinte litros de cevada.
Desse modo, quando Rute se dispôs a sair e rebuscar para prover comida para as duas, ela estava se arriscando por si mesma e por Noemi também (Rt 2.2). Ela estava dando um passo de fé na esperança de que em algum lugar lá fora haveria um proprietário de terras temente a Deus e generoso para com os pobres. Ter fé não significa ficar sentado esperando que a provisão caia do céu; somos chamados a fazer o que está ao nosso alcance e, enquanto o fazemos, confiar que Deus irá prover nossas necessidades.
Duguid, Iain M.. Estudos bíblicos expositivos em Ester e Rute (p. 216). Editora Cultura Cristã. Edição do Kindle.
(e) Agora, a estranha “coincidência”.
Rute 2.3 (NAA)
3 Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas atrás dos ceifeiros. Por casualidade entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.
Caiu-lhe em sorte (3) ou “por casualidade” (ARA) ir para o campo de um parente de Elimeleque, um homem de posses chamado Boaz, o que certamente foi uma questão de providencial orientação.
Rute 2.4 (NAA)
4 Eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros: — Que o Senhor esteja com vocês! E eles responderam: — Que o Senhor o abençoe!
Há um encontro divino marcado aqui. Rute que buscava sustento para casa de sua sogra entra pelas terras do valoroso Boaz. Embora Rute não tenha ido intencionalmente ao campo de Boaz, o Senhor, providencialmente, guiou os seus passos. Até então, Rute não percebera que o encontro não fora coincidência, mas parte do soberano propósito de Deus. O que para Rute foi uma mera coincidência em um conjunto de circunstâncias não planejadas, foi parte do cuidado gracioso de Deus.
Salmo 139.3–5 (NAA)
3 Observas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. 4 A palavra ainda nem chegou à minha língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. 5 Tu me cercas por todos os lados e pões a tua mão sobre mim.
2. O “oásis” acolhedor de Deus. (vv.8 - 16)
(a) Boaz toma a iniciativa e diz:
Rute 2.8–9 (NAA)
8 Então Boaz disse a Rute: — Escute, minha filha, você não precisa ir colher em outro campo, nem se afastar daqui. Fique aqui com as minhas servas. 9 Fique atenta ao campo onde forem colher e vá atrás delas. Eu dei ordem aos servos para que não toquem em você. Quando você ficar com sede, vá até as vasilhas e beba da água que os servos tiraram.
As instruções de Boaz, para Rute, torna possível ela trabalhar bem perto dos ceifadores, em posição extremamente favorável para a colheita. Entretanto, esta posição a expunha à possibilidade de gracejos rudes, e até mesmo atitudes perversas da parte dos trabalhadores. Ele diz a Rute, então, que preveniu isto, ao dar instruções aos ceifadores para que não a toquem. As ordens de Boaz possibilitariam que ela se aproximasse antes dos demais ceifeiros.
A bondade de Boaz não para aqui. Rute pode servir-se, quando tiver sede, da água que os servos tirarem.
Seria uma provisão valiosa; colher no calor da época da ceifa era tarefa que dava muita sede, de modo que a água, penosamente obtida e transportada ao local da ceifa, seria cuidadosamente guardada contra todos que não tivessem direito a ela. Perderia um tempo precioso da respigarão se tivesse de tirar sua própria água. Boaz fez tudo quanto pôde para ser bondoso para com Rute.
(b) Diante deste “oásis” gracioso, Rute vê a graça de Deus manifesta sobre sua vida.
Rute 2.10 (NAA)
10 Então Rute se inclinou e, encostando o rosto no chão, disse a Boaz: — Por que o senhor está me favorecendo e se importa comigo, se eu sou uma estrangeira?
Rute prostrou-se diante de Boaz, em sinal de humildade e gratidão. Ela reconhecia que Boaz estava fazendo muito mais do que o estrito dever e, por isso, mostrava-se grata.
Ela não se aproveitou de sua bondade, mas perguntou a Boaz por que ele lhe demonstrou especial favor, embora fosse ela apenas uma estrangeira.
Rute 2.11 (NAA)
11 Boaz respondeu: — Já me contaram tudo o que você fez pela sua sogra, depois que você perdeu o marido. Sei que você deixou pai, mãe e a terra onde nasceu e veio para um povo que antes disso você não conhecia.
Boaz está impressionado com sacrifício de Rute, em deixar seus pais, e terra nativa (esta expressão significa “terra de seus parentes”. Note-se o forte sentimento de família: a ênfase fica no relacionamento familiar)
Rute cumpre sua promessa de AMOR LEAL que fez com sua sogra e com Deus de Israel (1.16,17)
Rute 2.11 (NAA)
11 Boaz respondeu: — Já me contaram tudo o que você fez pela sua sogra, depois que você perdeu o marido. Sei que você deixou pai, mãe e a terra onde nasceu e veio para um povo que antes disso você não conhecia.
Boaz lembra do grande ancestral de sua raça, Abraão, que deixara sua terra e sua parentela, em obediência à ordem divina (Gn 12:1)? Provável que o autor deste livro o tivesse. À semelhança de Abraão, ela confiou em Deus.
Gênesis 12.1 (NAA)
1 O Senhor disse a Abrão: — Saia da sua terra, da sua parentela e da casa do seu pai e vá para a terra que lhe mostrarei.
(c) Boaz termina com uma pequena oração por Rute.
Rute 2.12 (NAA)
12 O Senhor lhe pague pelo bem que você fez. Que você receba uma grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio.
Recompensa para nós tem conotações de gratificação; contudo, o hebraico dá idéia de salário. Rute merece, assim pensa Boaz, e ele espera que o Deus de Israel, pagará a ela o salário completo.
Ele reconhece o aspecto religioso da mudança de país efetuada por Rute, ao dizer que ela veio ao Senhor Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio. A imagem provavelmente se refere a um pássaro pequenino refugiando-se sob as asas da mãe. Provê um quadro vívido de confiança e segurança
Aqui Deus é retratado como uma ave mãe protegendo seus frágeis filhotes com suas asas.
Salmo 17.8 (NAA)
8 Guarda-me como a menina dos olhos; esconde-me à sombra das tuas asas.
Salmo 36.7 (NAA)
7 Como é preciosa, ó Deus, a tua misericórdia! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.
Salmo 91.1–6 (NAA)
1 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente 2 diz ao Senhor: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.” 3 Pois ele livrará você do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. 4 Ele o cobrirá com as suas penas, e, sob as suas asas, você estará seguro; a sua verdade é proteção e escudo. 5 Você não terá medo do terror noturno, nem da flecha que voa de dia, 6 nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
A reação de Rute diante da graça expressa por Boaz. Chama nossa atenção.
Rute 2.13 (NAA)
13 Então Rute disse: — Meu caro senhor, você está me favorecendo muito, pois me consolou e falou ao coração desta sua serva, e eu nem mesmo sou como uma das suas servas.
Representa a primeira coisa alegre, registrada na história, que aconteceu, desde a morte de seu marido em Moabe. Ela fora forçada a enfrentar a viuvez, exílio, longe de sua própria terra e povo, e extrema pobreza em Israel. A bondosa recepção da parte de Boaz representou novo marco, que Rute reconhece de duas maneiras diferentes.
(d) As palavras e atitudes de Boaz devem ter sido, na verdade, um grande conforto para ela.
Ela diz: “e falaste ao coração da tua serva”, refletindo uma expressão hebraica traduzida literalmente. Seria uma maneira vívida de dizer que as palavras foram bondosas. Boaz fez tudo isto, embora Rute não fosse uma de suas servas.
Favor imerecido, GRAÇA!
Depois o que acontece com Rute é só manifestação da graça.
Rute 2.14–16 (NAA)
14 Na hora de comer, Boaz disse a Rute: — Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho. Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou. 15 Quando ela se levantou para ir apanhar espigas, Boaz deu esta ordem aos seus servos: — Deixem que ela apanhe espigas até no meio dos feixes e não sejam rudes com ela. 16 Tirem também algumas espigas dos feixes e deixem cair, para que ela as apanhe, e não a repreendam.
Boaz estava preparado para permitir que Rute tivesse este privilégio especial. Ela dá ordens que estavam além da lei. Ele facilitou o processo dela.
3. Sustento providente de Deus. (vv. 17 – 23)
Rute 2.17–18 (NAA)
17 E assim Rute esteve apanhando espigas naquele campo até de tarde. Depois debulhou o que havia apanhado, e foi quase vinte litros de cevada. 18 Ela pegou o cereal e voltou para a cidade. E a sogra viu o quanto de cereal ela havia conseguido apanhar. Rute também deu para a sogra a comida que lhe havia sobrado, depois que ela comeu até ficar satisfeita.
(a) Rute mostrou, também, o que ela havia guardado, depois que sua fome havia sido satisfeita. Boaz havia presenteado com certa quantidade de alimento, de tal maneira que, agora, ela estava habilitada a levar para Noemi aquilo que não houvesse comido.
Rute 2.19 (NAA)
19 Então Noemi perguntou: — Onde você foi colher hoje? Onde trabalhou? Bendito seja aquele que acolheu você com tanta generosidade! E Rute contou à sua sogra onde havia trabalhado. E acrescentou: — O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz.
(b) Noemi, feliz com a colheita da nora, faz uma oração.
Rute 2.20 (NAA)
20 Então Noemi disse à sua nora: — Que ele seja abençoado pelo Senhor Deus, que não deixou de ser bondoso, nem para com os vivos nem para com os mortos. E Noemi acrescentou: — Esse homem é nosso parente chegado e um dos nossos resgatadores.
(A Mensagem) Noemi disse à sua nora: “O eterno o abençoe! Afinal, Deus ainda não nos abandonou! Ele nos ama, tanto na hora difícil quanto nos bons momentos!” v.20
BONDADE E LEALDADE. Noemi começou a compreender a ação soberana de Deus, a lealdade à aliança, a bondade e a misericórdia usadas para com ela porque Rute, sem orientação humana (a grande coincidência v.3), havia encontrado o parente próximo, Boaz.
Suas palavras de louvor diz respeito a seu regozijo no Senhor.
Há um forte senso de família, de modo que qualquer bondade que Deus possa demonstrar para com Rute e Noemi, é bondade a seus parentes mortos, tanto quanto a elas mesmas. A referência aos mortos, pode indicar que Noemi tinha em mente o modo como os fatos haveriam de encaminhar-se.
Noemi prossegue, contando a Rute a respeito de suas razões para as expressões de alegria. Boaz é um parente.
(RA) Esse homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos
resgatadores.v.20b
(NVT) Esse homem é um de nossos parentes mais próximos, o
resgatador de nossa família. V.20b
(KJA) Esse homem é nosso parente próximo, é um dos que tem sobre nós o direito de resgate. V.20b
(c) O grande tema do livro de Rute, ou seja, o parente resgatador, começa aqui. Um parente próximo podia redimir:
- Um membro da família vendido como escravo (Lv 25.47-49)
- Uma terra que precisava ser vendida por causa de dificuldade econômica (Lv 25.23,28)
- O nome da família por meio de um casamento levirato (Dt 25.5-10).
Esse costume retrata a realidade de Deus, o Redentor, fazendo uma obra maior de libertar os que necessitam ser espiritualmente redimidos da escravidão do pecado.
Desse modo, Boaz retrata Cristo:
2Coríntios 5.17–19 (NAA)
17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 18 Ora, tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos seres humanos e nos confiando a palavra da reconciliação.
(d) Ainda:
A solução para nosso coração duro e amargo em meio à nossa angústia é ponderar sobre a maravilhosa graça de Deus e sua fidelidade à aliança. Se fixarmos os nossos olhos na gloriosa graça de Deus e no alto preço pago para satisfazer nossa necessidade mais profunda, então não iremos duvidar tão rapidamente de que ele irá satisfazer todas as nossas necessidades. Uma vez que o Senhor tem nos mostrado essa fidelidade à aliança, não irá ele ordenar todas as coisas em nossa vida para o nosso bem? Na saúde ou na doença, na pobreza ou na riqueza, haja o que houver... todas essas condições vêm a nós como parte do plano do nosso Pai. Até mesmo as partes amargas da nossa vida nos são dadas como parte do seu plano perfeito e com certeza, de algum modo, irão contribuir para nos abençoar.
Duguid, Iain M.. Estudos bíblicos expositivos em Ester e Rute (p. 229). Editora Cultura Cristã. Edição do Kindle.
4. Outras aplicações:
(a) Em tempo de crise, não fique parado, arregace as mangas e trabalhe com o que vier a mão.
Salmo 128 (NAA)
Cântico de peregrinação 1 Bem-aventurado aquele que teme o Senhor e anda nos seus caminhos! 2 Você comerá do fruto do seu trabalho, será feliz, e tudo irá bem com você. 3 Sua esposa, no interior de sua casa, será como a videira frutífera; seus filhos serão como rebentos da oliveira ao redor da sua mesa. 4 Eis como será abençoado o homem que teme o Senhor! 5 Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém durante os dias de sua vida, 6 e veja os filhos dos seus filhos. Paz sobre Israel!
(b) Confie a provisão de Deus. Ele nos mantém “debaixo das suas asas”.
Romanos 8.28 (NAA)
28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
(c) Jesus é nosso parente próximo que pode resgatar nossa família.
Gálatas 3.24–29 (NAA)
24 De maneira que a lei se tornou nosso guardião para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados pela fé. 25 Mas, agora que veio a fé, já não permanecemos subordinados ao guardião. 26 Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27 porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revestiram. 28 Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus. 29 E, se vocês são de Cristo, são também descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
Ilustr.:
1. Que consolação tem meu coração,
Descansando no poder de Deus!
Sigo com prazer neste meu viver,
Descansando no poder de Deus.
Coro:
Descansando
Nos eternos braços do meu Deus,
Vou seguro
Descansando no poder de Deus.
2. Sempre avante vou, bem contente estou,
Descansando no poder de Deus.
Sinto a grande paz que me satisfaz,
Descansando no poder de Deus.
3. Lutas hei de ter, mas hei de vencer,
Descansando no poder de Deus.
Não terei temor, onde quer que for,
Descansando no poder de Deus.
Uma noite em 1887, o mestre de canto Anthony J. Showalter despediu sua classe na singing school (escola de canto) em Hartselle, Estado de Alabama, EUA. Pegou seus livros, fechou a igreja onde ensinava, e se dirigiu à pensão onde se hospedava durante sua estada curta na cidade. Havia recebido cartas de dois dos seus amigos, ex-alunos no estado da Carolina do Sul. Ao abri-las leu a mesma notícia: suas esposas haviam falecido naqueles dias. Quando se sentou para escrever palavras de conforto a eles, abriu a sua Bíblia, e o trecho bíblico que o tocou e que incluiu nas suas cartas, foi: “O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo estão os braços eternos” (Deuteronômio 33:27).
Nos momentos que se seguiram, as palavras de um refrão e uma melodia ecoaram no pensamento deste compositor. Logo se pôs a escrevê-los e, sabendo que precisaria de estrofes também, pensou no seu amigo, o hinista Elisha A. Hoffman, autor de mais de 2.000 gospel songs. Imediatamente escreveu a ele, mandando o hino e explicando as circunstâncias. Pediu que Hofman escrevesse estrofes apropriadas. Ao recebê-las de volta, certamente enviou o hino, com sua mensagem confortante, aos irmãos enlutados. Publicou o hino no seu hinário The Glad Evangel for Revival,Camp and Evangelistic Meetings (O Evangelho Alegre para Reuniões de Reavivamento, Campais e Evangelísticas), em 1887.
Bibliografia: Keith, Edmund D., Hinodia Cristã, 1ª ed.trad. Bennie May Oliver, Rio de janeiro, Casa Publicadora Batista (JUERP), s/d, p.173.